Viva Voz - SENAD - orientações e informações sobre dependência química

VIVA VOZ - Atendimento SENAD Site da OBID/SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas - ligue direto para 0800 510 0015. Serviço gratuito de ajuda, orientações e informações, por telefone, sobre uso indevido de drogas. Você não precisa se identificar. Funciona de segunda a sexta, das 8h às 20h.

DISQUE SAÚDE 0800 61 1997
Ministério da Saúde
Esplanada dos Ministérios - Bloco G - Brasilia / DF
CEP: 70058-900

“... Ele morreu esta manhã, entre 11 e 12 horas, subitamente, ao entregar um número da Revue a um caixeiro de livraria que acabava de comprá-lo; ele se curvou sobre si mesmo, sem proferir uma única palavra: estava morto...”

Paris, 31 de março de 1869.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SP terá coordenadoria para ajudar viciados em drogas

DCI
São Paulo terá coordenadoria específica para enfrentamento ao vício do álcool e das drogas.

O projeto foi apresentado pelo governo do estado à secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Paulina Duarte, em Brasília.

De acordo com a secretária estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, Eloísa de Sousa Arruda, a coordenadoria vai procurar integrar as secretarias paulistas para atuar na prevenção e enfrentamento direto às drogas. “O decreto [que cria a coordenadoria] já está rascunhado, basta fazer os ajustes e aguardar a assinatura do governador, o que deve ocorrer em breve”.

Entre as atribuições, a coordenação deverá promover, elaborar e acompanhar programas, projetos e atividades de prevenção ao uso indevido de drogas, bem como o tratamento, recuperação e reinserção social dos dependentes”. A coordenadoria trabalha em várias frentes. Envolve programas capacitação, além da assistência a pessoa que está em fase de drogadição e o apoio às famílias dos usuários”, afirmou Eloísa.

Segundo ela, a Senad apoiou o projeto e vai ajudar na implementação da coordenadoria em São Paulo. “Podemos contar com a colaboração do Ministério da Justiça. Estamos esperançosos que o projeto vai dar certo.”
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Estado de Mato Grosso ganhará centro para combater "crack"

Gazeta Digital
Três mães pedem por dia internação para tratamento dos filhos dependentes de crack em Cuiabá, segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE).

A droga tem alto pode de destruição do corpo humano. Essa demanda está fazendo com que o governo federal crie um Centro Regional de Referência em Crack e Outras Drogas em Mato Grosso. Cada projeto, que será implantado em 19 estados da federação, terá o valor de R$ 300 mil para a formação de 300 profissionais.

O objetivo é a formação de pessoas que atuam nas áreas de saúde e assistência social voltadas à familiares e usuários de crack e outras drogas.Os cursos serão voltados para capacitação de médicos, agentes comunitários de saúde, agentes sociais e profissionais das redes Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

No estado, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi a instituição escolhida para desenvolver o centro. Concorriam ao projeto, instituições de ensino superior federal e estadual que atuam em municípios igual ou superior a 500 mil habitantes.

A professora e assistente social Delma Perpétua Oliveira de Souza, do Instituto de Saúde Coletiva, foi escolhida para representar a instituição no lançamento do projeto, realizado ontem pela presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

A UFMT e a DRE já haviam realizado anteriormente parcerias em projetos de prevenção ao uso de drogas.

De acordo com a gerente do projeto "De cara limpa contra as drogas", delegada Elaine Fernandes, o pedido diário de internação ao juiz criminal da Capital Mário Kono aponta que a criação do centro é necessária para o combate ao crack e outras drogas, como a pasta-base de cocaína. O projeto da Polícia Judiciária Civil (PJC) visa prevenir que crianças e adolescentes se conscientizem e não utilizem drogas.

Fernandes aposta na prevenção como uma forma eficiente de combate ao uso, e não apenas a repressão. "É fundamental a família. O dependente precisa de uma base, que pode ser obtida também na religião e na educação. Houve uma mudança nos valores, o professor não pode nem levantar um pouco a vez, que o aluno já quer dar um tiro nele".

A delegada destaca que as companhias que se associam aos adolescentes, principalmente, devem ser observadas pela família, pois têm grande influência sobre as decisões deles. "Essas inversões de valores faz com os filhos usem drogas, se submetam a "correrias" para obterem bens, para terem um tênis, por exemplo. E da correria vai para o tráfico".

Para a "fabricação" do crack, os usuários misturam bicarbonato de sódio na pasta-base, entorpecente de maior domínio nas ruas da Capital. A droga (o nome crack surge dos estalos surgidos após aceso) tem alto poder de dependência e provoca degeneração dos neurônios e músculos do corpo.

Informações da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça, os centros estão previstos no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado ano passado.

O governo federal espera em um ano capacitar 14,7 mil profissionais em 884 municípios do país.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Fonte 2: Site Antidrogas

www.abramd.org.br

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comunicação de um Espírito de ex-drogado

* UM ESPÍRITO SOFREDOR

Comunicação de um Espírito de ex-drogado, narrando suas experiências quando na Terra e agora na Vida Espiritual.

- Poderíamos conversar com um Espírito que teve experiência com drogas?
Resposta: Cá estou, pois esta visita já estava na programação da casa para esta noite.
- Disseste que já estavas aqui ou vieste pela evocação?
Resposta: Já estava aqui, trazido pelos amigos espirituais responsáveis pelo trabalho.
- Poderias nos falar sobre tua experiência com as drogas?
Resposta: Perguntem e responderei dentro do possível e do que me for permitido.
- Vivestes muito tempo na Terra?
Resposta: Dezoito anos.
- Tão jovem e já tinhas envolvimento sério com a droga?
Resposta: Desde os quatorze anos.
- Moravas onde?
Resposta: Rio de Janeiro.

- Como foi teu envolvimento?
Resposta: Iniciei, na verdade, aos onze anos, com consumo de cigarros de maconha, no bairro onde morava, como brincadeira entre meus amigos.
- Onde conseguias a maconha?
Resposta: Nas mãos dos pequenos traficantes do bairro, nos vendedores de quinquilharias das calçadas. Era muito fácil.
- E seus pais? Sabiam dessa sua experiência?
Resposta: No início não sabiam. Quando tomaram conhecimento encararam como coisa normal dos tempos da adolescência moderna. Só mais tarde perceberam a gravidade da situação.
- Com quais tipos de drogas tiveste envolvimento?
Resposta: Com as piores. Aos quatorze anos entrei em contato com a cocaína e daí para para o crack foi um pulo.
- Foi o crack que o levou à morte?
Resposta: Não. Fui assassinado.
- Como foi?
Resposta: Em briga de rua, por ponto de venda da droga, pois tornei-me um traficante para sustentar meu vício.

- E a família?
Resposta: Depois de muitas tentativas de me retirar das ruas, deixaram-me jogado à própria sorte.
- Lamentas esta atitude deles?
Resposta: Não. Lamento minha cegueira. Eles nada podiam fazer por mim, além do que fizeram. Não tinhas os recursos necessários para dar-me o que necessitava.
- E do que necessitavas?
Resposta: Compreensão maior dos mecanismos da vida.

- Foi isso que o levou a procurar as drogas?
Resposta: No início não. Mas depois, em minha adolescência, quando já me envolvera com as drogas mais pesadas, fazia "viagens" incríveis pelo meu mundo íntimo e buscava uma paz interior que não encontrara em casa, nem nas ruas. Em minha falta de lucidez, achava que encontraria nas drogas e na condição mental que elas me favoreciam.

- Que condição?
Resposta: A total inconsciência dos meus atos, o mergulho em um mundo de ilusões e desespero, a entrega total aos devaneios insanos do desequilíbrio.

- Algumas vezes refletias sobre isso? Quiseste deixar as ruas?
Resposta: Muitas vezes, mas em nenhuma delas encontrei compreensão e condições favoráveis para livrar-me daquilo.

- Tiveste outras experiências?
Resposta: Em que sentido perguntam?

- Outras experiências que poderiam servir para o aprendizado de todos?Resposta: Sim. Quando se entra no mundo das drogas perde-se a noção de limites.
Tudo passa a ser permitido.

Prostitui-me muitas vezes para conseguir dinheiro e isso talvez tenha sido muito pior que o próprio vício, pois injetar um veneno em suas veias não traz consequências morais tão graves quanto vender seu próprio corpo, por livre vontade, sabendo do ato imoral e insano que se está praticando.

Claro, não estou dizendo que se drogar é melhor que se prostituir, mas que o vício às vezes é irresistível e foge às nossas frágeis forças de resistência física e espiritual, e que o outro ato, neste caso, é perfeitamente evitável se assim o quisermos.

- Como foi sua morte?
Resposta: Já falei que foi por motivo fútil. Um companheiro de infortúnio (que também já está deste lado), atirou em minha cabeça, em uma tola disputa de "ponto".

Ele mesmo se arrependeu logo em seguida, pois um dia tínhamos sido amigos inseparáveis. Mas a droga nos faz enfrentar uma lei que é desconhecida dos homens das leis comuns.

É selvagem e destruidora. Para os drogados não existem barreiras que possam contê-los no momento em que dela necessita.
- Tua desencarnação foi dolorosa?Resposta: Nada senti. Continuei vivo e não compreendia como as pessoas não me viam.

Convivi com os "amigos" por um tempo para depois tomar consciência de minha condição de "morto".

E foi aí que sofri os horrores decorrentes da falta de responsabilidade com a vida.

- Foste amparado?
Resposta: Sim, depois de certo tempo, por familiares.

- E teus pais?
Resposta: Só tomaram conhecimento pelos jornais locais, que alardeiam a miséria e desgraça humanas.

- Que sentimento os animou?
Resposta: Depois eu soube que foi de grande alívio. E assim deveria ser mesmo, pois só trouxe a eles a desilusão e a dor.
- Tiveste uma infância agradável?
Resposta: Tive tudo o que quis. Meus menores desejos eram satisfeitos. Fui rico até a idade de 10 anos, quando houve um reviravolta na vida dos meus pais. Eles separaram-se e eu fui morar com meus avós. Depois aproximei-me mais de minha mãe, no início de meu martírio pelo mundo das drogas.

- E hoje? Visita-os?
Resposta: Não. Estou já bem recuperado, mas não tenho notícias deles. Acho que cuidam de suas vidas e rogo a Deus que cuidem bem, para que não sofram tanto, quando para cá vierem.
- Sofreste aí?
Resposta. Muito. Principalmente ao saber do desperdício que havia sido minha vida.
- Porquê? Tinhas outra programação de vida?Resposta: Sim. Poderia permanecer até a sexta década de vida, com tarefa séria e edificante na área da saúde, oportunidade que me foi dada pelo Alto para redenção de meus débitos.
Mas desperdicei no exercício do livre arbítrio, auxiliado pelas características familiares onde me encontrava. Sequer terminei o curso básico.

A escola foi para mim um palco de minhas farras com outros colegas igualmente dementes.

- Então és um suicida?
Resposta: Sim, no sentido que se empresta a essa palavra, pois fui em parte o artífice de minha morte, mas não com a conotação e a gravidade de um suicida comum. Os drogados são vistos aqui de outra forma.

- De que forma? Vítimas?
Resposta: Sim, em parte, pois na verdade alguns são vítimas da degradação social pela qual passa a humanidade, sem deixar de considerar o livre arbítrio de cada um. A droga é a grande arma destruidora das esperanças dos jovens do mundo inteiro.
- Poderias explicar um pouco mais essa parte?
Resposta: Muitos lançam-se cedo no mundo dos vícios pela falta de base moral familiar, cujos pais não preparam. Cedo, entregam-se a atitudes inadequadas e não são devidamente orientados.
A permissividade existente no mundo atual é mostra de que os pais não estão preparados para construir o homem do futuro.

A droga, sendo uma das formas de escravizar o homem, na verdade é um resultado da ganância desenfreada do próprio homem que destrói seus próprios filhos e assim sucessivamente.
Os grandes donos do esquema arrecadam montanhas de dinheiro que amanhã deixarão para seus filhos, netos e bisnetos, não percebendo que constroem o material e destroem o essencial.

Essas próprias criaturas, para as quais constroem seus impérios, são vítimas e escravos de seu próprio veneno.

Assim é na cidade onde vivi.
- Vives em colônia ou estás em hospital?
Resposta: Encontro-me em colônia próxima à Terra, de acordo com meu grau evolutivo.
- Existem colônias específicas para atender vítimas de vícios?Resposta: Não tenho conhecimento disso, mas meu instrutor diz que aqui são atendidos todos os necessitados da alma, quaisquer que sejam os vícios.

É uma colônia muito grande e onde se encontram muitos jovens.

Naturalmente ainda estamos nessa condição pela nossa pouca compreensão.

A forma física não importa, mas a maturidade de Espírito.

- Ainda podemos perguntar mais coisas?Resposta: Necessito afastar-me por orientação do amigo que me dirige as ações e pensamentos neste trabalho.

Deixo aqui minha gratidão pela oportunidade e que os bons Espíritos amparem todos os homens que um dia pensaram em envenenar-se por desconhecer as leis que regem a vida".

- Um Espírito sofredor, agradecido.

Espírito: Um Espírito sofredor
Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec
São Luís, MA
Enviado por Marlene Monteiro Peixoto da Rede Amigo.
Fonte 2) programamuitasvidas.blogspot.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Uso da Maconha pode estar associado ao transtorno Psicótico

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Estudo que será publicado na edição de Junho da revista Archives of General Psychiatry, segundo a Science Daily, trará conclusões sobre o uso da maconha e sua associação com o início de surtos psicóticos.

Segundo a pesquisa mais de 16 milhões de cidadãos americanos usam maconha regularmente, e tiveram seu primeiro contato na adolescência. Também aponta que nos inquéritos nacionais (EUA) que discorrem sobre saúde mental é comum encontrar o uso de substâncias, principalmente a maconha, entre pessoas com transtorno psicótico.

A Análise foi realizada por Matthew Large e mais três pesquisadores da Universidade de New South Wales e Prince of Wales Hospital, Austrália, pesquisaram 83 estudos envolvendo 8.167 participantes que consumiram a cannabis e 14.352 indivíduos que não consumiam. As conclusões revelaram que pessoas que consumiram maconha desenvolveram psicose cerca de 2,7 anos antes do que aqueles que não fizeram uso.

Para os pesquisadores, os resultados atuais corroboram a tese de que o uso da maconha precipita a esquizofrenia e outros transtornos psicóticos, possivelmente através de uma interação entre os distúrbios genéticos e do ambiente, ou interrupção do desenvolvimento cerebral.
Fonte: Blog Postado por Consultório de Psicologia Popular

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Clínica para reabilitação está pronta para funcionar no HEM Hospital Espírita de Marília

Diário de Marília
Serão repassados R$ 130 mil para implantação e manutenção da clínica no HEM.

Funcionamento da clínica para reabilitação de usuários de drogas, solicitada via ação judicial da Promotoria da Infância e Juventude de Marília, deve ocorrer assim que o Estado enviar ofício ao HEM (Hospital Espírita de Marília) autorizando as internações. Novidade foi comunicada através da Procuradoria do Estado que também determina abertura de unidade em Garça.

“É de grande relevância o Estado ter se mostrado sensível a esta necessidade”, comenta o promotor da Infância e Juventude, Jurandir Afonso Ferreira.

A princípio a clínica no HEM, funcionará em área reformada e separada, com equipe específica composta por médico, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional. Serão 20 leitos para atendimento aos jovens do sexo masculino, de 14 anos a 18 incompletos.

O diretor técnico do HEM, o médico psiquiatra Juliano Rodrigues explica que o local seria utilizado para ampliação de atendimento da área particular do hospital, mas pela urgência será destinada a clínica. Serão repassados R$ 130 mil mensais para custeio dos gastos de implantação e manutenção da clínica.

A prefeitura deve auxiliar na ampliação dos serviços com a execução de reforma de nova ala no hospital o que aumentará para 30, o número de atendimentos. As obras devem ser concluídas em seis meses.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Fonte2: Site www.antidroga.com.br

Araraquara terá o primeiro Centro de Atendimento Psicossocial

Araraquara.com
O primeiro Centro de Atendimento Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps-AD) de Araraquara, unidade de tratamento de dependentes químicos com ênfase em drogas, será inaugurado ainda neste mês de Fevereiro de 2011.

O projeto será desenvolvido com recursos do Governo Federal e tem como principal característica atender as pessoas em situação de drogadição sem afastá-la do núcleo familiar.

O CAPS-AD funcionará em uma casa localizada na Avenida Sete de Setembro, no Centro, alugada pela Prefeitura. Apesar de ser um projeto ligado às Secretarias Municipais de Assistência e Desenvolvimento Social e de Saúde, terá a colaboração das Secretarias de Educação, Esporte, Segurança e Cultura na realização de atividades socioeducativas, cursos e outras orientações aos dependentes químicos e suas famílias, que vivem uma condição de codependência e, na maioria das vezes, estão desestruturadas.

"Sem o suporte e o envolvimento das Secretarias e, principalmente da família não tem como trabalhar a recuperação da drogadição", ressalta o secretário de Assistência Social, José Carlos Porsani. De acordo com o secretário, nos últimos anos a cidade observou o crescimento do número de usuários, queda na faixa etária dos dependentes e aumento no número de reincidência nas internações.

E isto tem um custo para o município. Com uma verba de apenas R$ 100 mil anuais, o secretário tem que subsidiar as internações, parcial ou totalmente, ao custo médio de R$ 20 mil ao mês. "Mas, em fevereiro, estamos contando com um custo de R$ 30 mil, o que comprova o crescimento do número de dependentes", lamenta o secretário.

Relação familiar

Com base nestes dados, o secretário ressalta a importância de um centro de atendimento como o Caps-AD. "Nosso maior problema é a família, que também se encontra em estado vulnerável. Muitos pais estão sem trabalho e as mães se prostituem. O que mais notamos é a falta do pai, pois a mãe sempre protege o filho, mesmo ele estando errado", atesta José Carlos Porsani.

Em uma avaliação entre 600 jovens em situação de risco, 98% deles declararam não ter o pai em casa. "Faz parte de nosso trabalho chamar o pai para ajudar no tratamento, dialogando com o filho. Isto faz uma enorme diferença", acredita o secretário.

Uma das exigências do Caps-AD é que a família do dependente químico passe a frequentar a ONG Amor Exigente, onde aprenderá a lidar com o problema de forma consciente e entenderá todas as mudanças no comportamento do atendimento. "Quando o dependente chega à situação em que já está vendendo até as portas de casa, é hora de trabalhar a família, que fica doente também", exemplifica o secretário.

Além de atender usuários de drogas, o Caps-AD também irá tratar os dependentes de álcool, que já são contemplados, embora em um sistema diferente, no Hospital Espírita Cairbar Schutell.

Cidade não tem tratamento gratuito

Atualmente, o tratamento gratuito de usuários de drogas e álcool feito pelo município é realizado com verba do Sistema Único de Saúde (SUS) e os dependentes são enviados para a cidade de São José do Rio Preto, já que Araraquara não tem clínicas de tratamento públicas. Ao todo, a cidade tem oito entidades particulares de tratamento. Estes locais têm parceria com as Secretarias Municipais de Assistência e Desenvolvimento Social e de Saúde.

Com a inauguração do Caps-AD, o poder público espera diminuir o número de pessoas em tratamento e aplicar mais verba em prevenção. Os Caps-AD são implantados somente em cidades com mais de 200 mil habitantes e prevê a criação de uma rede que articula leitos para internação em hospitais destinados à desintoxicação e outros tratamentos.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Fonte2: Site WWW.antidrogas.com.br